12 março, 2014

Inércia


Comecei a observar meus alunos de português e percebi o seguinte: sempre que oferecia de proposta de história ficcional para ser criada com tema livre e um mínimo de linhas, eles sempre ultrapassavam o número linhas mínimo mesmo alegando preguiça para escrever e 90% sempre devolvem contos que os deixam encantados. Então, cheguei a seguinte conclusão: a preguiça não é de escrever, é de COMEÇAR.

A quebra de inércia é o que nós educadores tentamos fazer. Todos eles tem dificuldade com a escrita porque lhes é colocado de forma agressiva, formal e nunca como um processo comum tanto quanto falar.

Devemos sair de nossa própria inércia e achar meios e soluções de propostas de escrita interessantes para preparar o aluno para uma frequência em meio ao dissertativo e argumentativo, ou seja, o triste longo ENEM.

A "preguiça" de escrever anda junto com a preguiça de ler, apesar dos alunos lerem rápido mensagens de texto, posts no facebook e responderem mais rápido ainda, não conseguem reconhecer a velocidade e o entendimento em leituras de jornais , revistas e livros. Novamente a internet ensina velocidade e nós professores devemos ensinar frequencia e qualidade. Não acredito que pedir para resumir um livro seja realmente parte do processo ativo de leitura, mas questionários e discussões em sala fazem com que o aluno quebre a inércia do conforto.

Professores, lhes faço um pedido: coloquem o sálario de lado por um momento de revolução em nosso país. Façam o sacrifício de ensinar de forma inteligente e atualizada. O domínio na sala de aula continua sendo seu, isso nenhum político pode tirar!

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